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Em assembleia realizada na noite desta segunda-feira (23), os ferroviários de São Paulo decidiram, entrar em greve nesta terça-feira (24), nas linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A paralisação é por tempo indeterminado.
Em decisão liminar feita a pedido da CPTM, o desembargador Rafael E. Pugliese Ribeiro estabeleceu que os grevistas mantenham pelo menos 70% dos trens funcionando e dos funcionários trabalhando nos horários de pico em caso de greve. A exigência vale para os períodos das 5h às 9h e das 17h às 20h.
Em nota, a CPTM afirmou que o salário médio dos ferroviários é R$ 6.500 e que a greve afeta toda a população.
A Prefeitura de São Paulo divulgou, na noite de hoje, que o rodízio de veículos na cidade de São Paulo será suspenso durante toda terça-feira (24), tanto no período da manhã quanto no fim do dia.
Veja a íntegra da nota:
“A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) considera inadmissível que o sindicato que representa os colaboradores das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, com toda a população adulta vacinada, com uma crise econômica avassaladora em todo o mundo, decidam fazer greve nesta terça-feira (24/08) prejudicando e punindo exclusivamente o cidadão que necessita do transporte público para ir ao trabalho, incluindo os que trabalham na linha de frente no combate à pandemia da Covid-19.
A companhia lamenta a decisão sobre a greve e espera que não haja adesão por parte dos trabalhadores em respeito aos cidadãos que necessitam do transporte. Reforça que há uma decisão da Justiça do Trabalho determinando a manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de R$100 mil diários. A empresa também irá operar com um plano de contingência para atender a todos que precisam do transporte, principalmente aos que trabalham em serviços essenciais.
Enquanto milhares de trabalhadores perdem seus empregos ou tem suas rendas diminuídas – a renda média do trabalhador brasileiro é de R$ 2.500,00 – a CPTM mantém salários e benefícios rigorosamente em dia, mesmo tendo sido duramente afetada pela queda na demanda de passageiros durante 2020 e todo o ano de 2021 e com salário médio de R$ 6.500,00.
Não é compreensível que estes sindicatos estejam em uma realidade diferente do restante do país, que sofre com desemprego, perda de renda e fome.
A CPTM apresentou proposta de reajuste de 6% retroativo a março de 2021 pagos a partir de janeiro de 2022. Em relação ao dissidio coletivo de 2020, foi proposto reajuste de 4% a partir de agosto de 2021, retroativo a março de 2020. Além do pagamento do PPR em duas parcelas (a primeira já paga em 10/08 e a outra metade no dia 10 de janeiro de 2022).”