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Mais de cem caminhões ocupam a Esplanada dos Ministérios e são usados para pressionar pela derrubada do bloqueio que dá acesso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional. A informação é da Folha de S. Paulo.
A maioria dos caminhões estacionados no canteiro central e nas vias da Esplanada traz a identificação de empresas do agronegócio de Goiás, Santa Catarina e São Paulo.
O trânsito segue bloqueado e, até o começo da tarde desta quarta-feira (08), havia uma grande quantidade de manifestantes pró-Bolsonaro em frente aos ministérios.
Diferentemente desta terça (07), esta quarta é um dia útil para o STF, com votação marcada para o Plenário presencial. Os ministros retomam a votação sobre a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas. A tese, que altera diretamente os critérios para demarcação, com prejuízos a populações tradicionais, é encampada pelo governo Bolsonaro e pela bancada ruralista no Congresso.
Ministros do STF são os principais alvos de Bolsonaro e de seus apoiadores que compareceram às manifestações em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Os manifestantes que seguem em Brasília, a bordo de caminhões, falam abertamente em invasão ao STF, em fechamento da Suprema Corte e em prisão dos ministros, dando sequência ao discurso golpista de Bolsonaro.
A Folha de S. Paulo contou 101 caminhões estacionados no canteiro ou nas duas vias paralelas da Esplanada dos Ministérios. Pelo menos quatro caminhões de grande porte estacionados na Esplanada carregam as inscrições do Grupo Brasil Novo, sediado em Florianópolis. A empresa é especializada em transporte rodoviário, com boa parte dos serviços voltada ao agronegócio.
Outros 17 caminhões carregam a identificação “Arroz e Feijão Grão Dourado”, uma empresa sediada em Piracanjuba, no interior de Goiás.
Há ainda três caminhões que pertenceriam a duas empresas no nome dos mesmos empresários: Irmãos Chiari Agropecuária e Dez Alimentos.
Uma fileira de caminhões foi disposta rente à grade que isola o Congresso de ponta a ponta. Buzinaços são feitos o tempo todo. Manifestantes pressionam a PM pela liberação da via de acesso a STF e Congresso.
Em comparação com o 7 de Setembro, há menos policiais e menos carros do Batalhão de Choque da PM na blindagem da via almejada pelos apoiadores do presidente.