Na manhã desta quarta-feira (29), um grupo que divulgava diferentes maneiras de cometer suicídio foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF). A investigação conduzida pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) resultou em mandados de prisão e busca e apreensão no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e no interior paulista.
Segundo as apurações, os criminosos ensinavam às vítimas como tirar a própria vida. A investigação teve início com a morte de uma jovem, de 19 anos, em 3 de fevereiro deste ano, no Paranoá. O crime ocorreu na residência da vítima.
A mulher faleceu após consumir uma substância tóxica para o ser humano. Ela ingeriu, em tese, com o intuito de testar os efeitos em seu organismo para possibilitar um futuro possível autoextermínio.
Ao perceber que os efeitos da substância se agravavam, a vítima gritou pelos pais, para quem revelou o que aconteceu. Os pais, então, acionaram uma equipe do Corpo de Bombeiros, que rapidamente compareceu à residência e prestou os primeiros atendimentos de urgência, levando a jovem até o Hospital da Região Leste.
Contudo, a vítima morreu na unidade saúde, às 3h40. No curso das investigações, verificou-se que a vítima integrava um grupo de WhatsApp denominado “CTBus” (catch the bus, expressão em inglês utilizada para se referir ao cometimento de suicídio), no qual os membros apresentavam orientações para a realização do ato extremo.
Eles também usavam a Dark Web e o Telegram para propagar o conteúdo proibido.
A PCDF constatou que os investigados associaram-se virtualmente, de forma estável e permanente, para instigar e auxiliar pessoas suscetíveis à prática do autoextermínio.
Foram identificados quatro integrantes mais atuantes e envolvidos com o caso registrado no DF. Eles fomentaram a ideação suicida da vítima, o que culminou com a prática do ato extremo por ela.
De acordo com o site Metrópoles, na casa de um dos investigados, no interior de São Paulo 9SP), foi apreendido um frasco com nitrito de sódio, além de celulares e computadores.
A substância destrói as células do sangue, causa parada respiratória e debilita o sistema nervoso central. A composição química foi usada por oficiais nazistas que se mataram após a derrota alemã na Segunda Guerra.