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O Conselho de Ética da Câmara do Rio vai adiar por uma semana a decisão sobre a abertura ou não de um processo administrativo contra o vereador Gabriel Monteiro (sem partido). A reunião ocorreu na tarde desta terça-feira (29).
“Decidimos que no prazo de sete dias o conselho vai ter tempo para analisar, coletar dados, provas até, de forma tranquila”, disse o presidente do conselho, vereador Alexandre Isquierdo (DEM).
Alexandre Isquierdo afirmou também que o conselho não vai tomar nenhuma decisão com base em redes sociais e na imprensa.
“Não tem diferença nenhuma se essa decisão for tomada daqui a sete dias ou daqui a 48 horas. A gente tá discutindo aqui cinco dias. A única coisa que a gente tá pedindo é um prazo para discutir com a Procuradoria, coletar dados e elementos para fundamentar. Até para que a gente não sofra uma nulidade do processo e uma possível representação”, disse.
Gabriel Monteiro está sendo acusado de assédio sexual e moral por ex-funcionários de gabinete, o parlamentar associou as denúncias a uma ação orquestrada da “máfia do Reboque”, em retaliação à prisão de figuras da organização criminosa. “Quem é de direita, de esquerda, a pauta não é essa; há mais ou menos 18 dias atrás, eu estourei a maior máfia do Rio de Janeiro, a máfia do Reboque”, disse. “Prendi um major da polícia militar, um tenente da polícia militar e dois grandes empresários que vieram me subornar em minha residência. Após isso, eles me ameaçaram de todas as formas que você pode imaginar”, disse em entrevista à rádio Jovem Pan.
Acusado também de estupro, o parlamentar disse ter provas de que teve relações consensuais com a mulher que o denunciou. “Eu tenho um costume pessoal meu de gravar algumas vezes de forma consensual atos meus, é da minha particularidade, com permissão. Coincidentemente, tenho esse ato gravado, posso mostrar para as autoridades, não foi nada forçado. Pelo contrário, a satisfação dela é explícita. Como uma estuprada volta a querer frequentar a casa do estuprador?”, questiona. O ex-PM fez um apelo para que os veículos de imprensa contem sua versão da história. “Convoco toda a imprensa nacional, vamos todos a uma delegacia civil que eu mostro as provas para o delegado. Não sou estuprador, tenho provas cabais.”
Segundo o vereador carioca, a reportagem divulgada na noite do último domingo no Fantástico, da Globo, está relacionada a Rafael Sorrilha, empresário com quem teve desentendimentos. “O Rafael Sorrilha me ofereceu R$ 50 mil do lado do meu chefe de gabinete. Eu levei ele preso para a delegacia. Horas antes da notícia do Fantástico, ele estava na Globo”, afirmou. “Tem diversas provas e depoimentos dele tentando assediar outros membros da minha equipe oferecendo R$ 670 mil para a pessoa depor contra mim. Tenho provas cabais”, complementou.
Veja os vídeos com a versão de Gabriel Monteiro: