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O escritório de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) na América do Sul cobra das autoridades brasileiras uma “investigação célere e completa” da morte de Genivaldo de Jesus dos Santos, asfixiado nesta semana por agentes da Polícia Rodoviária Federal em uma ação em Umbaúba (SE).
O comunicado foi publicado no site da ONU no Brasil. Genivaldo, que tinha esquizofrenia, foi colocado na parte de trás da viatura e obrigado a aspirar até a morte os gases de uma bomba de gás lacrimogêneo jogada dentro do carro, na quarta-feira (25).
“A morte de Genivaldo, em si chocante, mais uma vez coloca em questão o respeito aos direitos humanos na atuação das polícias no Brasil”, afirma o chefe do escritório, Jan Jarab.
“É fundamental que as investigações iniciadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público cumpram com as normas internacionais de direitos humanos e que os agentes responsáveis sejam levados à Justiça”, afirma o chefe regional do escritório de Direitos Humanos da ONU.
Segundo Jarab, a polícia brasileira tem um longo histórico de violação dos direitos humanos, principalmente contra negros.
“A letalidade policial contra populações negras no Brasil é extrema e tão comum que parece naturalizada”, disse.
Segundo a ONU, é preciso investir também “no combate dos estereótipos negativos contra as pessoas afrodescendentes, bem como na abordagem humana de pessoas com problemas de saúde mental”.