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Exames de corpo de delito comprovaram que ao menos duas crianças que frequentavam a Escola Infantil Colmeia Mágica, na Zona Leste de São Paulo, mostraram lesões nas pernas e nos braços em razão dos ‘castigos’ sofridos no local, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público (MP). Segundo o G1, no total, nove alunos (duas meninas e sete meninos) foram vítimas de tortura e outras violências, de acordo com a investigação.
As proprietárias da escola Colmeia Mágica estão presas preventivamente por decisão da Justiça acusadas pelos crimes. Uma funcionária também responde pelas mesmas acusações, mas em liberdade. O julgamento delas ainda não tem data.
De acordo com o G1, para o Ministério Público “em razão da aplicação desses ‘castigos’, por ser mantido preso por longo período numa cadeira pequena”, uma das crianças “acabou sofrendo ferimentos”, de acordo com uma foto, “tirada pela própria família do menor, sendo constatadas lesões corporais de natureza leve, conforme laudo de corpo de delito”.
Ainda segundo a investigação, a partir do que a perícia demonstrou-se, que um outro bebê, “por ficar muito tempo imobilizado no bebê conforto, acabou se lesionando algumas vezes”.
A apuração das autoridades também disse que a perícia encontrou ainda no celular apreendido de Roberta Serme, uma das donas da escola, a foto de um bebê chorando, preso por um cinto em uma cadeirinha e sujo de fezes.
No início de março, começaram a circular vídeos nas redes sociais que mostram ao menos quatro bebês chorando, amarrados com os braços presos por panos. Usuários do Twitter compararam a cena a pessoas imobilizadas com “camisas de força”.
Nas imagens, as crianças estavam deitadas em cadeirinhas colocadas no chão, ao lado de um vaso sanitário, no que aparentava ser o banheiro de uma creche.