A Polícia Civil do Rio investiga se o cônsul Uwe Hebert Hahn ameaçou uma das testemunhas que depuseram no inquérito que apura morte do marido dele, o belga Walter Henri Maximilien Biot. As mensagens de texto foram enviadas após Uwe ter a prisão relaxada e viajar para a Alemanha no domingo (28). Ele é considerado foragido.
Na terça-feira (30), foram divulgadas mensagens nas quais o foragido intimida um amigo da vítima. Uwe disse que ele estava em segurança, ao contrário da testemunha, em tom de ameaça.
A vítima, um homem que era amigo do casal no Brasil, procurou a 14ª DP (Leblon) no início da tarde para denunciar que o cônsul tentou chantageá-lo por meio de mensagens, com o objetivo de que ele retirasse o depoimento.
Eis o teor de parte das mensagens:
Uwe: Eu estou em segurança. Você não. E você conhece a polícia. Eles vão adorar a verdade sobre você e os outros. A delegada vai publicar tudo, mesmo sem provas.
Testemunha: Eu não preciso estar em segurança, nem fugir do país, ao contrário de você. Você é um assassino, matou meu amigo e vai pagar por isso.
Uwe: Eu não matei ninguém e fui solto por um juiz. Você vende drogas e pegou dinheiro do meu marido.
Testemunha: Você é procurado pela Interpol, ontem foi condenado a retornar à prisão. Eu não vendo droga alguma, diferentemente de você. Você matou seu marido e sabe disso. Era Walter que sempre me ajudava e que se escondia de você. Era submisso e aterrorizado por você.