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O Ipec (Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), ex-Ibope, foi a empresa que mais faturou na campanha eleitoral com projeções para a campanha à Presidência, com R$ 11,4 milhões de faturamento.
Segundo o levantamento do analista de dados João Gabriel Almeida para o Antagonista, o instituto faturou tanto em nível nacional como estadual. Ainda de acordo com o veículo, o principal contratante do Ipec foi o grupo Globo (site, TV e afiliadas), que também encomendou pesquisas ao Instituto Datafolha em parceria com o grupo Folha da Manhã.
Segundo os registros disponíveis no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Rádio Metrópole também contratou o Datafolha (R$ 738 mil), fazendo o instituto figurar como segundo no ranking, seguido da Quaest Pesquisas, com R$ 3,1 milhões — dos quais R$ 2,8 milhões foram investidos pela Genial Investimentos.
Líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR) apresentou nesta quinta-feira (6) um projeto de lei para punir as empresas de pesquisas eleitorais que tiverem resultados diferentes dos das urnas eletrônicas.
Houve erros grosseiros, como os mais de 10 pontos porcentuais em relação ao que apontavam as pesquisas na véspera da eleição e o resultado das urnas no domingo (2) em desfavor do presidente Jair Bolsonaro (PL). A diferença foi de 5 pontos: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou com 48% e Bolsonaro com 43%. Também houve erros significativos para os cargos de governador e senador em vários Estados.
O projeto estabelece multa e penas de reclusão de 4 a 10 anos para empresas que publicarem pesquisas que tenham resultados diferentes da margem de erro declarada nos últimos 15 dias antes das eleições.