Alexandra Salete Dougokenski foi condenada a 30 anos e 2 meses de prisão pela morte do seu próprio filho Rafael Winques. Na época do assassinato, o menino tinha 11 anos de idade.
O crime ocorreu na noite de 14 de maio de 2020, de acordo com denúncia do Ministério Público (MP).
O julgamento de Alexandra teve início na segunda-feira (16), no Foro da Comarca de Planalto, cidade no norte do Rio Grande do Sul, e se estendeu por 3 dias.
No plenário, foram ouvidas 10 testemunhas, entre elas, familiares de Alexandra, delegados, professoras de Rafael e o pai dele, Rodrigo Winques, que chegou a ser acusado pela ré por ter matado o filho.
Na noite de ontem (18), o júri popular decidiu que Alexandra Salete Dougokenski é culpada pelos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa), ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.
A sentença dela foi lida às 23h30 pela juíza Marilene Parizotto Campagna, que manteve a prisão preventiva da ré.
O advogado de Alexandra Salete Dougokenski, Jean Severo, afirmou que irá recorrer da sentença.
Segundo o MP, Rafael Winques foi morto na noite de 14 de maio de 2020 na cidade de Planalto.
A mãe do menino estaria inconformada com o fato do filho caçula não estar desobedecendo às suas ordens, brincando no aparelho celular até tarde.
Na ocasião, ela teria ministrado à criança duas doses de Diazepam. Com o filho desacordado, ela o estrangulou com uma corda de varal, carregou o corpo até o terreno vizinho, depositando-o dentro de uma caixa.
O sumiço do garoto gerou comoção na comunidade, que auxiliou nas buscas.
No período das buscas, alguns suspeitos, como o próprio pai de Rafael e o namorado de Alexandra, se tornaram alvo da investigação policial.
10 dias depois do crime, Alexandra mostrou aos policiais civis o local onde estaria o corpo do filho e posteriormente assumiu o dolo.
Já a defesa dela sustentou, durante o decorrer do processo, que Rodrigo Winques, pai de Rafael, era o autor do crime.