A torcedora do Palmeiras ferida em confusão no jogo entre o clube paulista e o Flamengo morreu na manhã desta segunda-feira (10). A informação foi divulgada pela família da jovem nas redes sociais.
Gabriela Anelli foi atingida por estilhaços de vidro de uma garrafa arremessada por um flamenguista, segundo o delegado César Saad, titular da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE).
“Obrigado a todos que oraram pela minha irmã. Mas ela foi morar com o papai do céu. Tem coisas que acontecem que estão além do nosso limite do entendimento. Sei o quanto você lutou cada segundo e você de fato sempre foi uma guerreira. Olhe por nós do céu e proteja nossa família”, escreveu Felipe Marchiano, irmão de Gabriela, nesta manhã.
Gabriela estava internada na Santa Casa, no Centro de São Paulo, após ser socorrida durante a brigada.
A jovem de 23 anos sofreu duas paradas cardíacas depois de ser atingida pela garrafa de vidro no pescoço, de acordo com informações da família.
Gabriela Anelli estava na fila para entrar no Allianz Parque, estádio do Palmeiras, quando começou uma confusão entre torcedores organizados do clube e do Flamengo.
PMs agiram e usaram gás de pimenta para dispersar os dois grupos.
Ao site g1, irmão de Gabriela disse que ela foi socorrida por uma ambulância que fica dentro do próprio estádio. A jovem de 23 anos foi operada na noite do próprio sábado.
A família de Gabriela chegou a criar nas redes sociais uma campanha para doação de sangue.
Eles se oferecem a pagar o deslocamento das pessoas que pudessem ajudar a jovem torcedora.
Felipe também disse que Gabriela costuma frequentar as partidas disputadas pelo Palmeiras na capital paulista com o pai e a mãe.
Ele viajou do Paraná para São Paulo, no domingo, para acompanhar Gabriela no hospital.
Outra pessoa também ficou ferida, e um homem suspeito de lançar garrafas durante a briga foi preso em flagrante.
A confusão teve início na Rua Caraíbas, próximo ao portão “A” do estádio, após palmeirenses identificarem dois flamenguistas no local.
De acordo com a SSP, palmeirenses passaram a perseguir os torcedores rivais para agredi-los.
Uma equipe de patrulha da polícia interveio com bombas de efeito moral e lançador de água.