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Nesta quarta-feira (23), a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) prendeu um homem de 18 anos após manter meninas adolescentes como “escravas virtuais”. Ele também tentava induzi-las ao suicídio.
Ele foi preso em sua casa, no Recanto das Emas (DF). O criminoso mantinha ao menos 15 “escravas virtuais”, com idade entre 15 e 17 anos.
De acordo com a investigação, o estudante de áudio e vídeo ordenava que as vítimas o chamassem de “mestre” e que fizessem vídeos com conteúdo sexual (estupro virtual) e automutilação (escrevessem palavras com navalha em seus corpos).
Ele usava a rede de computadores de uma universidade federal, diretamente ligada ao Ministério da Educação, com sede no DF, para divulgar o material relacionado ao abuso sexual infantil.
Durante as buscas, os policiais comprovaram que ele armazenava pornografia infanto-juvenil produzida nos equipamentos informáticos de sua residência e no computador da universidade.
De acordo com a polícia, o criminoso utilizava o YouTube para atrair as vítimas. Ele mantinha um canal na plataforma com 4 mil inscritos.
“[Ele] abordava temas de depressão, autoajuda, e, com isso, conseguia unir pessoas com esse quadro e passava a persuadir elas. Quando ganhava a confiança, solicitava o nudes. Depois que recebia, a vítima passava a ser escravizada sexualmente”, explicou o delegado da DRCC, Tell Marzal.
A investigação policial apontou que o criminoso, após conseguir que meninas adolescentes lhe enviassem material pornográfico nas redes sociais, virtualmente as escravizava.
“Ele disse que teve curiosidade de consumir esse conteúdo há cerca de 5 anos, mas que ele começou a praticar intensamente há 2 anos”, acrescentou o delegado.