O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou 128 presentes recebidos por autoridades estrangeiras pelo ex-presidente Jair Bolsonaro que deveriam ter sido incorporados ao patrimônio público, mas foram indevidamente registrados em seu acervo privado. A informação é da jornalista Renata Agostini, da CNN Brasil.
De acordo com os auditores do TCU, 111 presentes não se encaixam como “itens personalíssimos”, como roupas, joias e objetos de uso pessoal. Outros 17 presentes possuem um valor comercial elevado, o que também deveria torná-los parte do patrimônio público.
Alguns itens nem sequer foram registrados. Os auditores recomendam que o governo faça uma reavaliação dos bens recebidos por Bolsonaro, Michelle e assessores próximos durante seu mandato de quatro anos.
No total, há registros de 9.158 presentes recebidos por Bolsonaro “de origens diversas”. Mas, de acordo com os auditores, houve descuido na documentação desse material.
Diante disso, os técnicos recomendam à Presidência da República que promova estudos de forma a aperfeiçoar a legislação sobre o trato dos presentes e a forma como devem ser registrados os acervos privados de interesse público dos presidentes.