Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
O promotor de Justiça Walber Luís Silva do Nascimento comparou a advogada Catharina de Souza Cruz Estrela a uma cadela durante audiência no Tribunal do Júri do Amazonas, na quarta-feira (13). A declaração foi registrada em vídeo que circula nas redes sociais. (Vídeo acima).
De acordo com Nascimento, relacionar uma cadela com a advogada é uma ofensa ao animal. “Se tem uma característica que o cachorro tem, doutora Catharina, é a lealdade. Eles são leais, são puros, são sinceros, são verdadeiros. No quesito lealdade, e me referindo especificamente a Vossa Excelência, comparar Vossa Excelência com uma cadela é muito ofensivo. Não à Vossa Excelência, mas à cadela”, afirmou.
A advogada afirmou ter se sentido ofendida pelas falas do promotor público. Segundo Bellut, o juiz que comandava o julgamento teria tentado impedir que o ocorrido durante a sessão fosse registrado em ata.
A Associação Amazonense do Ministério Público (AAMP) saiu em defesa de Nascimento. Em nota, a associação afirmou que houve distorção por parte dos advogados dos réus durante o julgamento. “Em momento algum, houve, por parte do representante ministerial, a prática das condutas injustamente imputadas a ele.”
Por decisão unânime, conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) votaram a favor de Bellut em uma ação relacionada às ofensas sofridas pela advogada.
A OAB do Amazonas repudiou o ocorrido e convocou um ato em apoio à advogada para às 11h desta quinta-feira (14), em frente à sede do Ministério Público.
Nas redes sociais, Nascimento publicou a nota da AAMP e afirmou estar sendo alvo de uma tentativa de “denegrir” sua carreira como promotor público. “Não vou me curvar a tentativas, seja de quem for, de denegrir a minha conduta profissional. Vou tomar as medidas judiciais cabíveis contra todos que criaram essa narrativa de que eu ofendi uma colega advogada no plenário do tribunal do júri.”
A OAB deve acionar o conselho federal com a intenção de inserir o promotor Nascimento na lista de violação de prerrogativas.