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Na terça-feira (12), a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) abriu um inquérito para investigar o caso de uma adolescente de 14 anos que relatou ter sido vítima de diversos episódios de estupro e engravidado do próprio tio de 46 anos.
O autor dos abusos teria dado um remédio ilegal para a vítima cometer o aborto. De acordo com a Polícia Militar (PM), o homem ainda não foi localizado.
O caso passou a ser acompanhado pelas autoridades depois que a menina de 14 anos contou a colegas da escola, na segunda (11), que estava sendo abusada pelo menos desde 2017.
Na delegacia da cidade localizada no Litoral Norte de SC, onde o caso ocorreu, a polícia trata o crime como estupro de vulnerável e a investigação está em sigilo.
Após contar o caso para as colegas, a direção da escola soube da violência, acionou a mãe da garota e acompanhou ambas até um hospital.
Na terça, a vítima não foi para a escola e, por isso, a direção escolar acionou a Polícia Militar.
Assim, os agentes da PM foram a um posto de saúde na cidade e encontraram mãe e filha aguardando atendimento.
Durante o procedimento, a menina de 14 anos disse aos PMs que recebeu do homem um medicamento abortivo, que ela ingeriu após ser obrigada por ele.
O remédio foi entregue aos policiais, que informaram que a venda dele é proibida no Brasil.
Ela foi levada pelo Conselho Tutelar até a Polícia Científica para laudos periciais. O aborto foi confirmado.
De acordo com a PM, em 2017, um boletim de ocorrência foi feito para apurar os abusos, com uma perícia criminal para confirmá-los. À época, o laudo não atestou violência.
Os abusos aconteciam no ambiente familiar, segundo relato da estudante aos colegas, disse a prefeitura local.