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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), confirmou nesta sexta-feira (29) que pediu a transferência de traficantes da cidade para presídios de segurança máxima. A solicitação é uma das medidas que pretendem reduzir a criminalidade no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio.
O governo estadual também solicitou a presença da Força Nacional no Rio. Os agentes devem atuar no entorno do Complexo da Maré, mas não haverá ocupação do território. Os agentes passarão por treinamento padrão, mas levando em consideração as especificidades do Rio de Janeiro.
A Polícia Civil pediu o indiciamento de criminosos que aparecem em um vídeo de treinamento para a atuação no tráfico. O Ministério Público ainda não se manifestou sobre o pedido.
“Não vamos detalhar porque faz parte da inteligência. Não é de hoje, mas, desde a exposição dos fatos, há um grande monitoramento por parte da inteligência da movimentação desses criminosos. A grande diferença será o uso da tecnologia, tanto pelas forças estaduais como federais”, disse Castro.
“Se o planejamento que a gente tem der certo, será uma coisa perene. São políticas públicas que estamos dialogando há um tempo. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado já funciona há meses. É uma força integrada entre PF, PRF, PC e PM. Estão fazendo esse trabalho integrado há 4 meses”, acrescentou o governador.
Castro também falou que haverá um grupo reunindo as forças de segurança do estado e da União para trocar informações e traçar estratégias.
“Nós estamos criando um comitê permanente e integrado, que vai ter como base o CICC, para que as inteligências possam trocar as informações e ver os melhores caminhos a tomar”, explicou.
Perguntado sobre as medidas concretas que entrarão em vigor, Castro disse que os governos agirão por meio de incursões e uso de tecnologia e inteligência.
As datas sobre as medidas que devem ser colocadas em prática não foram divulgadas, pois a intenção é causar um efeito surpresa.
O Complexo da Maré é um dos principais do Rio. O espaço reúne 16 favelas, onde moram cerca de 140 mil pessoas. É um território plano e considerado de alta complexidade pelas forças de segurança.
