Brasil

Força Nacional inicia a maior retirada de invasores de terras indígenas do Pará​

Foto: Polícia Federal/Divulgação

Forças de segurança do governo federal iniciaram, nesta segunda-feira (2), uma operação de retirada de cerca de 1,6 mil famílias não indígenas das terras indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá, no estado do Pará.

A ação é a maior já realizada no estado e cumpre uma determinação judicial de devolução da posse e cumprimento do direito de uso exclusivo das terras indígenas pelos povos originários.

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Segundo informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), as duas terras indígenas abrangem parte dos municípios de São Félix do Xingu, Altamira, Anapú e Senador José Porfírio. Nelas vivem 2,5 mil indígenas dos povos Parakanã, Mebengôkre Kayapó e Xikrim, distribuídos em 51 aldeias. Há ainda registro de indígenas isolados com contato recente com não indígenas na região.

A operação conta com a participação do Ministério dos Povos Indígenas, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Força Nacional de Segurança Pública e de mais 11 órgãos ambientais, de segurança pública e inteligência.

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A presença de estranhos no território indígena, além de representar uma ameaça à integridade dos povos que ali vivem, também pode causar danos ambientais, já que alguns ocupantes promovem a destruição da vegetação nativa para praticar atividades como criação de gado e garimpo, de forma ilegal.

A operação é semelhante à ação ocorrida na Terra Indígena Alto Rio Guamá (Tiarg), nos municípios de Nova Esperança do Piriá, Santa Luzia e Paragominas, no nordeste do Pará. De maio para junho o governo negociou a saída pacífica de 1,6 mil não indígenas da terra onde vivem 2,5 mil indígenas dos povos Tembé, Timbira e Kaapor, distribuídos em 42 aldeias próximas ao Rio Guamá.

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A medida cumpre uma determinação judicial de devolução da posse e cumprimento do direito de uso exclusivo das terras indígenas pelos povos originários, conforme o previsto no artigo 213 da Constituição Federal.

Os outros órgãos que atuam na força-tarefa são o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Comando Militar do Norte, Ministério do Trabalho e Emprego e Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

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