Na noite de terça-feira (10), centenas de pessoas se reuniram em dois eventos distintos no centro de São Paulo, demonstrando seu apoio tanto a Israel quanto à Palestina, refletindo as divisões políticas no cenário atual. Enquanto manifestantes alinhados à direita realizavam um ato em apoio a Israel, grupos de esquerda, incluindo o Psol, PT e PCdoB, bem como organizações como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, participaram das manifestações em apoio ao Hamas e à Palestina
O primeiro ato, em solidariedade à comunidade judaica, foi organizado pela Federação Israelita do Estado de São Paulo e ocorreu na Praça Cinquentenário de Israel, em Higienópolis, zona oeste da capital paulista. O evento teve início às 19h e reuniu manifestantes que usaram roupas nas cores azul e branco, as mesmas do símbolo do país, e levaram bandeiras de Israel, com o objetivo de mostrar a união do país.
O segundo ato, em apoio à Palestina, ocorreu em frente ao restaurante Al Janiah, na Rua Rui Barbosa, no Bixiga, centro de São Paulo. Organizado pelo Instituto Brasil Palestina, o evento teve início às 18h00 e reuniu centenas de pessoas que pediram o fim dos bombardeios em Gaza com gritos de “Palestina livre”.
Os atos ocorrem em meio ao conflito entre Israel e o Hamas, que já deixou mais de 1.830 mortos, incluindo dezenas de estrangeiros.
Políticos e internautas de direita e centro-direita, no Brasil, têm se manifestado a favor de Israel, condenando os ataques do Hamas.
Por outro lado, parlamentares e internautas de esquerda e centro-esquerda têm se posicionado a favor do Hamas e da Palestina.
Militantes de esquerda organizaram manifestação a favor dos terroristas em Brasília hoje. Gritos de “viva o Hamas” celebravam as barbaridades cometidas contra Israel.
Nessas horas, tenho a certeza que estamos do lado certo. pic.twitter.com/TjRp7ab4T9 — MarioFrias (@mfriasoficial) October 10, 2023
Manifestantes e partidos de esquerda gritam: "VIVA O HAMAS".
NOJO. pic.twitter.com/mAbtSntdF1
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) October 10, 2023
Todos os que apóiam o grupo terrorista Hamas, seja gritando Viva o Hamas ou assinando documento em defesa desses vermes, DEVEM SER PRESOS imediatamente. pic.twitter.com/mQ3on5Ffmz
— Douglas Garcia (@DouglasGarcia) October 10, 2023
🇵🇸 #PalestinaLivre – A Marcha Mundial das Mulheres do Brasil manifesta solidariedade internacionalista a todo povo palestino, especialmente às mulheres palestinas, que resistem à segregação (+) pic.twitter.com/I6E789ETfo
— Marcha Mundial das Mulheres (@marchamulheres) October 11, 2023
🇵🇸 Parte da fala do companheiro Pedro Maia, ativista da causa palestina, em apoio à resistência do povo palestino e de todo o povo árabe na luta por sobrevivência e contra o imperialismo: pic.twitter.com/E9uVEjCkJE
— PCO – Partido da Causa Operária (@PCO29) October 11, 2023
Dezenas de estrangeiros mortos, feitos reféns ou desaparecidos
Ao menos mil pessoas foram mortas em Israel, enquanto outras 830 morreram em ataques retaliatórios ao Hamas em Gaza pelas forças israelenses. Muitos dos estrangeiros que estavam em Israel participavam do festival de música eletrônica Universo Paralello, no deserto ao sul do território, onde 260 pessoas perderam a vida. Cidadãos de 23 países, além de Israel, estão entre os mortos e os desaparecidos.
O Itamaraty confirmou, nesta terça-feira (10), que os brasileiros Ranani Glazer e Bruna Valeanu morreram. Os jovens, ambos de 24 anos, participavam do festival de música eletrônica perto da Faixa de Gaza. Karla Stelzer Mendes, de 51 anos, também estava no evento e continua desaparecida.