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O governo de São Paulo pretende usar recursos arrecadados com a privatização da Sabesp e os futuros dividendos da companhia para subsidiar a tarifa cobrada pela empresa, quando esta for privatizada.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou, em entrevista à imprensa nesta terça-feira (17), que a tarifa não vai subir. Para garantir isso, o governo vai usar dois instrumentos:
- Primeiro, um aporte de dinheiro na companhia com recursos que entrariam no caixa. Esse dinheiro será reservado para uma tarifa mais baixa.
- Depois, ao longo do tempo, o governo vai usar o resultado da empresa, que vem de dividendos do governo.
O governo enviou, nesta terça-feira, o projeto de lei para a privatização da Sabesp. O texto foi discutido nesta manhã com parlamentares da base do governo.
Tarcísio também afirmou que o Estado seguirá como um dos principais acionistas da companhia. “O que estamos fazendo é trazer sócios que vão injetar capital, vamos ganhar em governança e vamos ter uma clareza grande daquilo que vai ser investido”, disse.
“A Sabesp já é operadora, então não precisamos de operador, precisamos de sócios de referência para nos acompanhar no crescimento da empresa, trazer investimento e reduzir tarifa”, afirmou.
A companhia é uma empresa de economia mista, sendo que parte pertence ao estado e outra parte à iniciativa privada. O governo paulista é o maior acionista da companhia.
Na última segunda-feira (16), Tarcísio afirmou que faria uma reunião com os deputados da base governista para apresentar as premissas do modelo, explicar toda a modelagem e aspectos importantes do projeto.
Segundo ele, também seria explicado como o processo de desestatização ajuda a manter tanto o mercado da Sabesp quanto essa lógica de investimento cruzado que existe hoje.