O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou nesta segunda-feira (30) que não tem planos para comprar novas câmeras corporais para uso da Polícia Militar.
Freitas afirmou que existem outras prioridades no momento que necessitam do direcionamento dos recursos.
“O texto que eu mandei [à Alesp] mantém todas as câmeras que estão lá. Não prevê a ampliação porque tem outras prioridades no momento. Como o orçamento é finito — e nós tivemos esse ano uma frustração de receita importante —, nós temos que fazer investimentos em outras áreas. Então, aquilo que está contratado vai permanecer. A gente vai continuar estudando e, quando tiver uma folga no orçamento, a gente pode voltar fazer o investimento e ampliar. No momento, existem outras prioridades na aplicação dos recursos”, disse o governador.
A declaração foi dada durante a inauguração do primeiro Ambulatório Médico de Especialidade (AME) com atenção exclusiva à saúde feminina, no bairro do Belenzinho, zona leste da capital.
Atualmente, o governo de São Paulo dispõe de aproximadamente 10 mil câmeras para cerca de 80 mil policiais militares.
Organizações criticam medida
Na semana passada, organizações como a Comissão Arns, Conectas Direitos Humanos, Instituto Igarapé, Instituto Sou da Paz e Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV/USP) emitiram nota pública para criticar o que classificaram como risco de desmonte da política de uso de câmeras corporais pela polícia em São Paulo.