O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) investiga a Enel, concessionária de energia elétrica que atende a capital e região metropolitana de São Paulo, por possível omissão no restabelecimento de energia após um apagão que afetou 2,1 milhões de consumidores.
De acordo com o promotor Silvio Marques, da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, o órgão apura se a empresa deveria ter mais equipes para resolver problemas como o apagão de forma mais rápida.
Marques afirma que há informações de que a quantidade de funcionários na Enel diminuiu nos últimos anos, o que pode ter prejudicado a qualidade do atendimento e a rapidez durante o apagão.
O MP-SP vai investigar que motivos levaram tantos consumidores a ficarem sem energia elétrica e a quantidade de funcionários que a empresa tem para demandas urgentes.
A Enel informou que até a tarde desta segunda-feira, 6 de novembro, pelo menos 400 mil pessoas continuavam sofrendo com a falta de energia. A empresa prometeu que a situação deverá ser normalizada completamente até esta terça-feira, 7 de novembro.
O apagão foi causado por uma falha na transmissão de energia que durou quase 40 minutos. O evento foi agravado pelas fortes chuvas e rajadas de vento que atingiram a maior parte do estado de São Paulo.
As chuvas e os ventos também causaram a morte de sete pessoas nas seguintes cidades: São Paulo (2), Limeira (1), Osasco (1), Santo André (1), Suzano (1) e Ilha Bela (1).
Centenas de árvores também foram derrubadas, provocando estragos, principalmente nas zonas sul e oeste da capital. Muitos moradores relataram a perda de alimentos guardados em geladeira, aparelhos descarregados, banhos com água fria e o impacto da falta de energia para idosos e pessoas que precisam de aparelhos respiratórios.
