A Justiça do Rio de Janeiro emitiu condenações a sete traficantes envolvidos na tortura de um morador da Comunidade Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A sentença baseou-se nas investigações que apontam o crime como uma tentativa de obrigar o homem a assumir a culpa pelo desaparecimento e morte de três meninos em 2021.
As crianças, Lucas Matheus da Silva (8 anos), Alexandre da Silva (10 anos) e Fernando Henrique Ribeiro Soares (11 anos), foram vítimas de violência e tiveram seus corpos nunca encontrados. O motivo alegado foi o roubo de uma gaiola de passarinho que pertencia a um criminoso.
Segundo a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, o homem foi submetido a um “tribunal do crime” e violentamente espancado pelos traficantes para que assumisse a autoria dos crimes contra os três meninos.
Os traficantes condenados em regime fechado são:
Ruan Igor Andrade de Sales, conhecido como “Melancia” – 12 anos de prisão
Victor Hugo dos Santos Goulart, o “Vitinho” – 12 anos de prisão
Anderson Luís da Silva, o “Bambam” – 12 anos de prisão
Marcelo Ribeiro Fidelis, o “Petróleo” – 12 anos de prisão
Jurandir Figueiredo Neto – 12 anos de prisão
Luiz Alberto de Souza Prata – 9 anos e 8 meses
Welber Henry Jerônimo – 9 anos e 8 meses
Dois outros suspeitos de participação na sessão de tortura, José Carlos dos Prazeres Silva (conhecido como Piranha) e Wiler Castro da Silva (o Stala), teriam sido mortos pela própria facção criminosa responsável pelo crime. Piranha foi apontado como o mandante das agressões, enquanto Stala, gerente do tráfico de drogas, foi apontado como suspeito do desaparecimento das crianças e um dos autores das agressões, de acordo com a investigação da Polícia Civil.