Em mais uma ofensiva contra a criminalidade organizada, a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) deflagrou uma operação nesta sexta-feira (8) no Conjunto Cesar Maia, em Vargem Pequena, na Zona Oeste da cidade. A ação resultou na prisão de cinco milicianos e na apreensão de cinco fuzis, consolidando a terceira incursão em favelas da região em apenas dois dias.
A operação, realizada pelas delegacias de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e de Repressão à Entorpecentes (DRE), em conjunto com a Subsecretaria de Inteligência da PCERJ, visava desarticular um grupo miliciano que disputava território com traficantes na região.
Entre os presos, destaca-se um homem que atuava como segurança de Marquinho Catiri, um dos chefes da milícia do Rio que faleceu em novembro de 2022 em um confronto com traficantes na comunidade da Guarda, em Del Castilho, na Zona Norte. A ação demonstra a continuidade da disputa por território entre os grupos rivais.
Na quinta-feira (7), a polícia já havia prendido dois criminosos e apreendido um menor por envolvimento com a narcomilícia da Gardênia Azul, também na Zona Oeste. A ação anterior ocorreu na quarta-feira (6), na comunidade Terreirão, em Jacarepaguá, com a prisão de 13 integrantes de uma facção de tráfico.
Confronto e apreensões
A operação no Conjunto Cesar Maia teve início quando agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) realizavam uma ação contra roubo de veículos na região e receberam uma denúncia anônima sobre a atuação de criminosos na localidade.
Durante as buscas, os policiais se depararam com o grupo criminoso. Um dos indivíduos, conhecido como Borel, resistiu à abordagem e acabou sendo morto. Os outros três integrantes do grupo não reagiram à ação policial e foram presos em flagrante, com um menor apreendido.
Material apreendido
Os presos foram levados para a sede da DRFA e autuados por associação criminosa, resistência qualificada e porte ilegal de arma de fogo. Com eles, foram apreendidos:
- Três fuzis
- Três coletes balísticos
- Três rádio comunicadores
- 137 munições de fuzil .762
- Dez carregadores
- Três celulares
- Um binóculo
- Dois coturnos (calçados)
Investigação em andamento
A morte de Borel está sendo investigada pela Delegacia de Homicídio da Capital (DHC).