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O brasileiro Wesley Guilherme Farias, 25 anos, está preso em Londres desde o dia 3 de março, acusado de incêndio criminoso em um prédio residencial no distrito de Kensington, área nobre da capital inglesa.
O Corpo de Bombeiros de Londres atendeu a uma ocorrência de incêndio no dia 1º de março em um prédio de cinco andares convertido em apartamentos, próximo ao Museu de História Natural. Sete policiais e seis moradores precisaram ser hospitalizados por inalação de fumaça, mas felizmente não há registro de feridos graves.
A polícia britânica considera o incêndio suspeito e, no domingo (3), Wesley foi detido sob suspeita de iniciar o fogo no apartamento onde residia. As circunstâncias precisas do incidente ainda não foram esclarecidas. No dia seguinte à detenção, Wesley compareceu ao Tribunal de Magistrados de Westminster sob custódia, sendo formalmente acusado de incêndio criminoso com intenção de colocar vidas em risco, segundo informações da Polícia Metropolitana de Londres. Ele permanecerá sob custódia enquanto aguarda o julgamento e, se necessário, um possível recurso. A data do julgamento está marcada para 3 de abril na Isleworth Crown Court.
Enquanto a família busca informações sobre o ocorrido, um familiar relatou ao g1: “A gente não tem muito o que fazer, não sabemos dele. Só sabemos que ele está preso, ele não entrou em contato com ninguém da família. Amigos próximos dele em Londres que estão mandando informações pelas redes sociais. Um desses amigos disse que o Wesley falou para polícia que o incêndio não foi proposital”. Aparentemente, Wesley estava na Europa há quatro anos, trabalhando para sustentar sua irmã mais nova que reside em Eirunepé, no interior do Amazonas. “O Wesley é um ser humano surreal, ele ajudava a irmã dele porque eles são órfãos de mãe e pai. É um menino trabalhador que nunca teve esse tipo de coisas aqui em Manaus, nem na terra dele”, acrescentou o familiar.
O Ministério das Relações Exteriores, através do Consulado-Geral do Brasil em Londres, permanece à disposição para prestar assistência consular adequada ao cidadão brasileiro, segundo informado em nota oficial. O caso continua sendo acompanhado pelas autoridades competentes.
