Neste sábado, movimentos e partidos de esquerda realizaram manifestações em algumas cidades do Brasil, além de Lisboa, em uma resposta aos eventos liderados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que havia reunido apoiadores na Avenida Paulista um mês antes.
Em Salvador, Bahia, um dos pontos de destaque dessas manifestações, os números divergem sobre a magnitude do evento. De acordo com o levantamento do site Poder 360, pouco mais de 1.000 pessoas marcaram presença. Contudo, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), através do grupo Monitor do Debate Político no Meio Digital, apontaram a participação de 1,7 mil pessoas no auge do ato, às 16h30.
O evento, que tinha Salvador como epicentro, contou com a presença significativa de figuras proeminentes, incluindo a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. No entanto, a adesão não atingiu as expectativas dos organizadores, apesar da longa governança do PT na Bahia.
As manifestações deste sábado, que abordaram uma gama diversa de pautas, desde a recordação do golpe militar de 1964 até a exigência por justiça no caso dos ataques de 8 de Janeiro e o fim do conflito na Palestina, foram organizadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, com o apoio de entidades como CUT (Central Única dos Trabalhadores) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), além de partidos como PT, PC do B e Psol.
Após um meticuloso processo de contagem, tanto pelo Poder360 quanto pela USP, os números divergentes ressaltam a importância desses eventos e da diversidade de vozes que se unem em prol da democracia e dos direitos humanos.