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A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) divulgou um comunicado alertando sobre o aumento dos casos de dengue nas Américas. Até 26 de março deste ano, foram registradas mais de 3,5 milhões de infecções e mais de mil mortes na região.
O diretor da OPAS, Jarbas Barbosa, destacou que esse aumento é motivo de preocupação, representando três vezes mais casos do que no mesmo período de 2023, um ano em que foram registrados mais de 4,5 milhões de casos na região.
Embora a dengue esteja em ascensão em toda a América Latina e Caribe, os países mais afetados são Brasil, Paraguai e Argentina, que concentram a maioria dos casos e mortes.
Esse aumento é atribuído à estação de transmissão no hemisfério sul, quando o mosquito Aedes aegypti, responsável pela dengue, prospera devido ao clima quente e chuvoso.
Além dos países mais afetados, Barbosa também observou um aumento de casos em outras nações como Barbados, Costa Rica, Guadalupe, Guatemala, Martinica e México, onde a transmissão geralmente é mais intensa no segundo semestre.
A presença do mosquito vetor e casos em novas áreas geográficas levanta preocupações sobre a preparação de alguns países para lidar com um aumento na transmissão.
Vários fatores ambientais e sociais contribuem para a disseminação da dengue, incluindo aumento das temperaturas, eventos climáticos extremos e urbanização não planejada.
A OPAS tem monitorado de perto a situação da dengue na região e emitiu nove alertas epidemiológicos nos últimos 12 meses, fornecendo orientações essenciais aos Estados-Membros sobre prevenção e controle da doença.
A circulação simultânea de diferentes sorotipos da dengue aumenta o risco de epidemias e formas graves da doença em 21 países e territórios das Américas.
Apesar do aumento recorde de casos em 2023, a taxa de letalidade da dengue na região permaneceu abaixo de 0,05%, o que é encorajador.
Essa conquista foi possível graças ao apoio da OPAS aos países desde 2010, por meio de uma estratégia abrangente de controle da dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos, incluindo vigilância, diagnóstico precoce e tratamento oportuno.
O diretor da OPAS enfatizou a importância de esforços intensificados para eliminar os criadouros do mosquito, aumentar a preparação nos serviços de saúde para diagnóstico precoce e manejo clínico oportuno, e educar a população sobre os sintomas da dengue e quando procurar atendimento médico. Enfrentar o problema da dengue é uma responsabilidade compartilhada por todos os setores da sociedade.