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Os professores da Universidade de Brasília (UnB) decidiram iniciar uma greve a partir da próxima segunda-feira (15), após uma assembleia geral extraordinária da categoria realizada na tarde de segunda-feira (8). A decisão foi alcançada com 257 votos a favor e 213 votos contra, com a participação de cerca de 600 educadores na assembleia.
Representantes do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos (Sintfub), que estão em greve desde 11 de março, e do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UnB) também estiveram presentes na assembleia e expressaram apoio à greve dos professores.
Em uma pauta nacional unificada, os docentes das universidades federais estão solicitando ao governo federal um reajuste salarial de 22,71%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. No entanto, o governo federal propõe um reajuste zero para este ano e dois reajustes de 4,5% em 2025 e 2026.
Além do reajuste salarial, os professores também estão demandando a equiparação dos benefícios e auxílios com os dos servidores do Legislativo e do Judiciário.
De acordo com a seção sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), os serviços essenciais serão mantidos durante a greve. A categoria planeja formar um comando local de greve, composto pela diretoria da seção sindical, conselho de representantes e a comissão de mobilização da campanha salarial.
A Reitoria da UnB emitiu uma nota informando que respeita o movimento de paralisação dos professores, reconhecendo a greve como um direito constitucional dos trabalhadores. A universidade afirmou que tem acompanhado as reivindicações dos docentes junto ao governo federal e valoriza o papel dos professores na instituição.
A mobilização para uma greve nacional unificada está ocorrendo em várias instituições federais de ensino em todo o país. Além da UnB, professores de outras universidades e institutos federais, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e o Instituto Federal do Sul de Minas Gerais, já aprovaram a deflagração de greves.
Pelo menos uma dezena de outras instituições também aprovou indicativos de greve, embora ainda não tenham definido datas específicas, podendo marcá-las em assembleias ao longo da semana.
O Ministério da Educação (MEC), em nota, afirmou estar empenhado em buscar alternativas para valorizar os servidores da educação, mantendo um diálogo aberto e respeitoso com as categorias. O MEC destacou o reajuste de 9% concedido pelo governo federal aos servidores públicos no ano anterior e mencionou a participação em diversas negociações com as categorias.