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O corpo de Paulo Roberto Braga, 68 anos, será sepultado neste sábado (20) no Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Ele foi levado morto para atendimento em um banco em Bangu na última terça-feira.
Um vídeo feito por funcionários da agência mostra o momento em que Érika de Souza Vieira Nunes, sobrinha de Paulo Roberto, tenta liberar um empréstimo de R$ 17 mil na frente do idoso falecido.
Érika está detida sob acusação de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. Sua defesa alega que o idoso chegou vivo ao banco, mas a polícia afirma que ele já estava morto. Imagens de câmeras de segurança de um shopping próximo ao banco e da entrada da agência mostram o idoso aparentemente desacordado.
Um motorista de aplicativo e um mototaxista afirmam que o idoso estava vivo ao entrar no carro que os conduziu ao local.
O laudo do IML indicou que o idoso faleceu entre 11h30 e 14h30 e, portanto, não é possível determinar se foi antes ou depois de chegar ao guichê. A causa da morte foi broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca.
O médico do SAMU que prestou atendimento a Paulo no banco relatou a presença de livores cadavéricos na parte posterior de sua cabeça, o que geralmente ocorre duas horas após a morte.
Segundo a Polícia Civil, os livores cadavéricos encontrados no corpo indicam que Paulo Roberto tinha uma mancha de sangue na nuca, sugerindo que ele não faleceu sentado. Livores são acúmulos de sangue resultantes da interrupção da circulação que, neste caso, se acumularam na nuca, o que sugere que o idoso pode ter falecido deitado.
O caso está sob investigação. A polícia está averiguando se Érika tentou obter empréstimos em outros três bancos diferentes.
Na quinta-feira (18), a advogada que representa Érika entrou com um pedido de habeas corpus na 2ª Vara Criminal de Bangu para que ela aguarde em liberdade durante as investigações. A defesa alega que Érika tem uma filha de 14 anos que necessita de cuidados especiais e destaca que ela é uma pessoa íntegra, de bons antecedentes, que não pretende se esquivar da aplicação da lei penal ou obstruir as investigações, uma vez que possui residência fixa.
Os advogados de Érika sustentam que a prisão preventiva não é justa, pois ela sempre agiu com honestidade e trabalho.
No pedido de habeas corpus, a defesa enfatizou que não existem fundamentos para a manutenção da prisão da dona de casa, pois os indícios se baseiam apenas em um clamor público de que Érika teria levado um cadáver até o banco para tentar aplicar um golpe de empréstimo, o que é negado.
Fotos obtidas mostram Paulo Roberto vivo, internado com pneumonia na UPA de Bangu. Ele recebeu alta da unidade na última segunda-feira (15).