As recentes tempestades e enchentes que devastaram o estado do Rio Grande do Sul deixaram um rastro de destruição, com municípios contabilizando cerca de 99,8 mil residências danificadas ou destruídas, incluindo residências, prédios e condomínios.
Os dados parciais, válidos desde 29 de abril até a tarde desta terça-feira (7), foram repassados pelas prefeituras à Defesa Civil do estado, conforme informações da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Estima-se que os prejuízos econômicos decorrentes dessa tragédia ultrapassem os R$ 4,6 bilhões.
Das 497 cidades gaúchas, 388 foram afetadas pelas chuvas e enxurradas, com 336 delas tendo o estado de calamidade pública reconhecido pelos governos estadual e federal.
Os setores mais atingidos pelos desastres naturais foram identificados pela CNM, destacando-se o habitacional, com perdas próximas a R$ 3,4 bilhões. Além disso, o setor público, agricultura, pecuária, indústria, comércio local e demais serviços também sofreram significativos prejuízos financeiros.
Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação, enfatizou a urgência de apoio por parte do governo federal aos municípios afetados. Segundo ele, apesar das promessas, até o momento, os recursos extraordinários não foram disponibilizados, colocando em risco a recuperação das áreas atingidas.
Em resposta às emergências decorrentes das chuvas e enchentes, o Senado aprovou nesta terça-feira (7) um projeto de decreto legislativo que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até o final de 2024. A medida, aprovada de forma consensual pelos senadores, agiliza o repasse de verbas para o estado, permitindo a publicação de medidas emergenciais para o auxílio às vítimas.
De acordo com os últimos dados divulgados pela Defesa Civil, o número de mortos em decorrência dos temporais que assolaram o estado já chega a 95, com outras 131 pessoas desaparecidas e 372 feridas. A situação continua a ser monitorada de perto pelas autoridades competentes.
