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Uma série de frentes frias está prevista para avançar sobre o Sul do Brasil nos próximos dias, oferecendo uma perspectiva de interrupção do bloqueio atmosférico que tem persistido sobre o país desde 22 de abril.
Este sistema tem sido responsável pela prolongada onda de calor que afeta o Sudeste e o Centro-Oeste, além de ser um dos fatores contribuintes para as chuvas frequentes no estado do Rio Grande do Sul.
Nesta quinta-feira (9), a entrada de ar frio polar associada à frente fria resultará em queda nas temperaturas, particularmente no Rio Grande do Sul. Conforme a Climatempo, áreas do sul do estado podem registrar mínimas abaixo de 10°C.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de “perigo potencial” devido à esperada queda de temperatura em grande parte do estado, com possibilidade de os termômetros registrarem declínio de até 5ºC em áreas sob aviso meteorológico.
Com a progressão da frente fria, espera-se que a chuva se concentre na faixa norte do estado nesta quinta-feira, na divisa com Santa Catarina, enquanto o sul do Rio Grande do Sul deve experimentar tempo frio e seco.
A chegada desta nova frente fria é resultado da formação de um ciclone extratropical próximo à costa da Argentina.
Embora volumes menores de chuva sejam esperados para esta quinta-feira, a situação tende a mudar nos próximos dias, com previsão de chuvas intensas a partir de sexta-feira. Segundo o Inmet, durante o fim de semana, os volumes podem ultrapassar os 100 milímetros, afetando principalmente o centro-norte e leste do estado.
Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, observa que as bacias que deságuam no Guaíba continuarão sendo as mais afetadas pelas chuvas nos próximos dias, como tem sido observado recentemente.
Com o solo já saturado e o nível elevado das bacias na região, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden) e a Defesa Civil permanecem em alerta devido aos riscos de enchentes.
A mudança na direção dos ventos também pode contribuir para as inundações, especialmente no sul do estado, onde pode agravar o alagamento da região, como analisa o meteorologista Fábio Luengo.
A situação é preocupante considerando o elevado número de mortos, desaparecidos e desabrigados devido às chuvas já ocorridas no estado.
Com os rios e bacias da região já em níveis críticos, é esperado que a situação piore nos próximos dias, com possibilidade de cheias históricas em cidades como Pelotas e Rio Grande, afetando também as rodovias da região.
O bloqueio atmosférico tem desempenhado um papel fundamental na manutenção das chuvas no Rio Grande do Sul, concentrando as instabilidades no extremo sul do país. Para interromper esse padrão, serão necessárias frentes frias mais intensas e sequenciais.
Segundo Fábio Luengo, o bloqueio deve enfraquecer por volta do dia 15 devido à chegada de frentes frias mais vigorosas do que a atual, contribuindo para o fim desse padrão meteorológico.