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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (RS) indiciou por “crime ambiental” a empresa Cobasi, proprietária de duas lojas onde animais à venda morreram após inundações durante a enchente que atingiu Porto Alegre no decorrer de maio. O inquérito foi concluído nesta quarta-feira (12) e será remetido ao Judiciário.
7 funcionárias das unidades da Cobasi também foram responsabilizadas, incluindo uma gerente regional e uma responsável técnica pelos animais.
Outra empresa do mesmo ramo, a loja Bicharada, localizada na Avenida Júlio de Castilhos, no Centro Histórico, também foi indiciada, além de dois funcionários. A Polícia Civil identificou que animais morreram no local após inundar.
Os inquéritos policiais descrevem os crimes de “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”, com pena aumentada porque os animais morreram.
“Importante salientar que duas unidades fazem parte da mesma rede nacional, com faturamento bilionário anual, e mesmo assim não realizaram qualquer atitude para retirar os animais antes da enchente, ou ainda, para resgatá-los quando a água já acessava as lojas. Foi necessário que terceiros, resgatistas, tomassem conhecimento dos fatos para que alguma ação fosse tomada”, disse a delegada Samieh Saleh, responsável pela investigação.
Samieh justifica a responsabilização dos funcionários dizendo que “durante a investigação, foi constatado que a omissão por parte dos responsáveis pela empresa resultou não somente em sofrimento aos animais, mas também na morte de diversos deles, incluindo aves, peixes e roedores“.
Em nota ao site g1, a Cobasi disse que “a defesa da Cobasi acredita que, a despeito da repercussão midiática que o lamentável episódio ganhou, seu desfecho não virá a partir de contorcionismos jurídicos e conclusões levianas”.