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Uma idosa faleceu em São Paulo após ser deixada sem alimentação e em condições precárias, conforme acusado o próprio filho. A sentença de quatro anos e oito meses de prisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça, segundo comunicado divulgado neste sábado (15).
“O filho da vítima deixava-a sozinha, em situação de perigo, e não permitia que os profissionais de saúde tivessem acesso à ela, impedindo a continuidade dos tratamentos necessários. Além disso, não a levava para consultas pré-operatórias e impedia a cuidadora de fornecer informações sobre sua condição. Ele também dificultava o acesso da irmã ao local para prestar auxílio. Deixou de fornecer alimentação, mantendo a vítima em um ambiente sujo e sem cuidados básicos de higiene, o que agravou seu quadro de saúde e resultou em sua morte,” afirmou o juiz Fabiano da Silva Moreno.
Neste sábado, também se marca o Dia Mundial da Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. O caso da senhora vítima do próprio filho não é isolado no Brasil, sendo parte de um problema social crescente.
Nos cinco primeiros meses deste ano, foram registradas 74.239 denúncias de violência contra pessoas idosas no país, um aumento de 38% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. Em média, quase 500 idosos por dia enfrentam desrespeito aos direitos humanos. Dessas denúncias, 64.868 (87%) envolvem abandono, agressão, maus-tratos e/ou tortura.
Denúncias por estado podem ser visualizadas em um mapa interativo.
Para denunciar violência contra idosos, qualquer pessoa pode ligar para o disque 100, sem necessidade de se identificar. O serviço, coordenado pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, é gratuito, sigiloso e funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Também é possível registrar denúncias no site da Ouvidoria, pelo aplicativo Direitos Humanos, no Telegram (buscando “Direitoshumanosbrasil”) e via WhatsApp pelo número (61) 99611-0100. O canal oferece atendimento em Língua Brasileira de Sinais (Libras). As denúncias são encaminhadas aos órgãos competentes para apuração.
Cidadãos também podem buscar ajuda, orientação e denunciar em unidades básicas de saúde (UBS) e delegacias de polícia. Em casos de risco iminente de violência, ligue para o telefone 190 da Polícia Militar.