Brasil

Gestão de resíduos no Brasil poderá custar R$ 168,5 bilhões em 2050

Foto: Maira Heinen/Radio Nacional/Divulgação

Um estudo elaborado pela consultoria internacional S2F Partners indica que, se o Brasil continuar a gerir os resíduos como atualmente, a partir de 2040, os custos totais diretos e indiretos chegarão a aproximadamente R$ 137 bilhões por ano, dos quais R$ 105 bilhões corresponderão às externalidades.

Caso a tendência se mantenha até 2050, os custos ultrapassarão R$ 168 bilhões, sendo R$ 130 bilhões relativos às externalidades.

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A consultoria, especializada em gestão de resíduos e economia circular, destaca que até 2020 a gestão de resíduos no Brasil custou R$ 120 bilhões, com R$ 30 bilhões referentes aos custos diretos dos serviços de gestão de resíduos e os R$ 90 bilhões restantes atribuídos às externalidades.

As externalidades são custos indiretos decorrentes do modelo atual de gestão de resíduos, caracterizado por baixa reciclagem, coleta incompleta dos resíduos gerados e destinação irregular de 30 milhões de toneladas de resíduos encaminhados anualmente a lixões e aterros controlados.

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Essa prática resulta na contaminação do solo, poluição do ar e das águas, causando impactos na saúde humana, condições ambientais, perda da biodiversidade e aquecimento global.

Carlos Silva Filho, um dos autores do estudo, explica que o alcance das metas do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares) em 2040, que incluem o encerramento dos lixões e o aumento da reciclagem para 50%, resultaria na redução de mais de 80% dos custos totais em comparação com os gastos atuais da gestão de resíduos, considerando as externalidades, fator geralmente ignorado nos estudos.

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O relatório prevê que, se as metas do Planares forem atingidas, o custo total da gestão de resíduos sólidos no Brasil em 2040 será de pouco mais de R$ 22,5 bilhões por ano, com ganhos superiores a R$ 40 bilhões anuais.

Se o percentual de reciclagem avançar para 55% em 2050, o custo total cairá para cerca de R$ 15 bilhões.

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Silva Filho acrescenta que, ao considerar apenas as metas do Planares para 2040, incluindo o encerramento dos lixões, aumento das metas de reciclagem, aproveitamento de orgânicos e aprimoramento dos aterros sanitários para captação de gás e produção de energia ou combustível, será possível reduzir o impacto da má gestão e ainda gerar ganhos com a reciclagem de materiais.

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