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A Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat) encerrou as investigações sobre a abordagem policial a quatro adolescentes em Ipanema, no Rio de Janeiro, no último mês de maio. O caso, que gerou grande repercussão nas redes sociais, após denúncias de racismo, teve como resultado a conclusão de que não houve prática de crime racial por parte dos policiais militares envolvidos.
Em seu relatório, a delegada Danielle Bulus Araújo destaca que as imagens das câmeras corporais dos policiais e os depoimentos dos adolescentes não evidenciaram o uso de palavras ofensivas ou discriminatórias com base na raça. A investigação apontou que a abordagem ocorreu após um turista estrangeiro relatar um roubo na região, e os policiais estavam à procura dos suspeitos, seguindo as características descritas pela vítima.
“Os policiais não elegeram suspeitos com base na cor da pele, estavam atrás de suspeitos seguindo a descrição de vítimas estrangeiras que tinham acabado de sofrer um crime na praia de Ipanema”, afirmou a delegada.
A Deat concluiu que a revista realizada nos adolescentes, incluindo a revista íntima, seguiu os procedimentos padrão para casos de busca por objetos pequenos, como o cordão roubado. A delegada ressaltou que não houve tratamento diferenciado entre os adolescentes, independentemente de sua raça.