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O professor Carlos de Souza Pedrosa, encontrado morto em um freezer abandonado em uma área rural de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, na segunda-feira (26), estava aposentado há cerca de 2 anos. Conhecido como “Carlinhos”, Pedrosa começou sua trajetória no centro municipal de ensino fundamental e infantil de Tangará da Serra em 1999 e posteriormente passou por outras escolas da cidade.
Nascido em 6 de março de 1966, no distrito de Pirapanema, no município de Muriaé (MG), Carlos Pedrosa formou-se em pedagogia em 1994. Vagner Constatino, secretário de educação de Tangará da Serra e colega de profissão, descreveu Pedrosa como uma pessoa muito alegre e querida, destacando que o professor tinha predileção por ensinar os anos iniciais, como o 3º e o 4º ano, e era conhecido por seu jeito brincalhão e sociável.
Apesar de sua paixão pelo ensino e presença constante em eventos educacionais, Constatino revelou que Carlos enfrentava problemas com o alcoolismo, o que eventualmente afetou sua saúde e bem-estar. A maior parte da carreira de Pedrosa foi dedicada às escolas de Tangará da Serra, embora ele também tenha lecionado na Argentina.
Pedrosa morava sozinho e fornecia abrigo temporário para dois jovens de 19 anos, atualmente suspeitos de seu assassinato. Um dos suspeitos foi preso por homicídio e ocultação de cadáver, enquanto o outro ainda está foragido.
Os jovens, que eram sustentados financeiramente por Pedrosa e usavam sua residência para consumo de drogas, ficaram incomodados com o plano do professor de vender seus bens e mudar-se da cidade.
Movidos pelo medo de perder o abrigo e por desentendimentos relacionados ao uso de álcool e drogas, os jovens atacaram Pedrosa com golpes de faca. No mesmo dia do crime, eles utilizaram os cartões de crédito da vítima e foram presos.
Inicialmente autuados por furto, os jovens foram liberados e o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do professor foi registrado dois dias depois.
Durante as investigações, foram encontrados móveis pertencentes a Pedrosa na casa de uma tia de um dos suspeitos. O jovem confessou o crime e indicou o local onde o corpo estava. O segundo suspeito foi identificado, mas continua foragido, conforme a Polícia Civil.
A Perícia Técnica e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados para realizar os exames de necrópsia no corpo encontrado.