A Polícia Federal (PF) apreendeu 46 veículos, dos quais 30 eram de luxo, durante a Operação Concierge, que investiga suspeitas de fraudes totalizando R$ 7,5 bilhões envolvendo duas fintechs. Na operação realizada nesta quarta-feira (28), 14 pessoas foram presas e 60 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
As prisões ocorreram nas residências dos investigados em Campinas, São Paulo, Ilhabela, Sorocaba e Americana, todas em São Paulo. Os veículos foram apreendidos em diversos locais, incluindo lojas de veículos. A Justiça também autorizou o bloqueio de R$ 850 milhões em contas associadas à organização criminosa.
Os carros apreendidos, incluindo utilitários esportivos e carros esportivos de marcas de luxo como Porsche, Land Rover, BMW, Volvo e Mercedes-Benz, chegaram ao pátio da PF em Campinas e a um estacionamento alugado pela corporação ao longo do dia. Além dos veículos, os agentes apreenderam joias, relógios, centenas de máquinas de cartão de crédito, além de documentos, celulares e computadores, que passarão por perícia e serão depositados em uma conta judicial.
A investigação revela que as empresas envolvidas ofereciam contas para pessoas e empresas com bloqueios tributários, que não poderiam realizar transferências por meios tradicionais. A PF suspeita que a quadrilha tenha movimentado R$ 7,5 bilhões com o esquema.
Segundo a polícia, a organização criminosa utilizava dois bancos digitais, denominados fintechs, para oferecer contas clandestinas que permitiam transações financeiras ocultas no sistema bancário oficial, empregadas por facções criminosas e empresas com dívidas trabalhistas e tributárias.
A Inove Global Group, uma das empresas investigadas, afirmou em nota que nega veementemente qualquer relação com os fatos mencionados pelas autoridades e veiculados pela imprensa. A empresa destacou sua disposição em colaborar com as investigações e ressaltou que é uma empresa de tecnologia ligada a meios de pagamento, e não uma instituição financeira ou banco digital.
