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A Polícia Federal (PF) irá investigar mais de 25 mil alunos do influenciador Mayke Garbo, alvo da operação “Ifraud”, deflagrada na manhã de terça-feira (1º), em São Paulo (SP). A informação foi confirmada durante coletiva de imprensa realizada na sede da instituição.
O chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes Fazendários, Ulisses Prates Júnior, explicou que o objetivo da investigação será verificar se os alunos que adquiriram o curso do influenciador chegaram a colocar em prática os ensinamentos fornecidos. Segundo o delegado, a compra do curso não implica, necessariamente, que os alunos cometeram crimes. Apesar de terem aprendido métodos ilícitos, muitos podem ter percebido ao longo do tempo que a atividade não era legal e optado por não seguir com as instruções. Essa possibilidade será apurada pela PF.
Os prejuízos causados pelas ações de Garbo e de outras pessoas envolvidas, físicas e jurídicas, já chegam a R$ 50 milhões, de acordo com estimativas da Polícia Federal. Na operação realizada na terça-feira, não foram emitidos mandados de prisão devido ao período eleitoral, que impede prisões – exceto em flagrante – até o dia 8 de outubro.
As investigações revelaram que os produtos, especialmente celulares da marca Apple, eram trazidos da China e dos Estados Unidos e enviados para praticamente todos os estados brasileiros. No curso oferecido por Garbo, ele fornecia aos alunos uma lista de pessoas, tanto físicas quanto jurídicas, que poderiam atuar como “mulas” na importação dos produtos. No caso de compras feitas nos Estados Unidos, os celulares eram entregues a essas pessoas, que os importavam sem o devido recolhimento de tributos.
Os envolvidos podem responder por descaminho, evasão de divisas, associação criminosa, fraude tributária e lavagem de dinheiro.