Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Até 30 de setembro, os incêndios florestais no Brasil impactaram 18,9 milhões de pessoas e causaram prejuízos econômicos superiores a R$ 2 bilhões, conforme relatório divulgado nesta quinta-feira (03) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Os números deste ano superam os de 2023, quando, no mesmo período, 12,7 mil pessoas foram afetadas e os prejuízos somaram R$ 36,1 milhões.
Os meses de agosto e setembro de 2024 apresentaram um aumento de 286 mil por cento nos prejuízos em comparação aos totais do ano anterior.
Atualmente, 684 municípios estão em situação de emergência devido aos incêndios florestais, e ao menos 10,7 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas.
Contudo, esse número pode ser ainda maior, uma vez que a coleta de dados sobre desalojados e desabrigados ainda não foi concluída na maioria das cidades.
Em todo o país, registraram-se cinco vítimas fatais em decorrência dos incêndios. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, enfatizou a necessidade de ações coordenadas entre os três níveis de governo e os Três Poderes.
Ele destacou a urgência de adotar medidas estruturantes para enfrentar desastres no Brasil, ressaltando que a situação tem gerado dificuldades para quase 19 milhões de pessoas em quase todos os estados do país. Ziulkoski também chamou a atenção para os problemas de saúde enfrentados pela população afetada.
O presidente da CNM defendeu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 31/2024, que estabelece o Conselho Nacional de Mudança Climática, a Autoridade Climática Nacional e o Fundo Nacional de Mudança Climática.
Ele informou que a CNM coletou assinaturas suficientes para que a PEC iniciasse sua tramitação no Congresso Nacional e agora está pronta para votação.
A proposta prevê a aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Mudança Climática fora do Orçamento Geral da União, e Ziulkoski reiterou o compromisso de fortalecer a atuação para que os parlamentares analisem a proposta ainda neste ano.