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O corpo de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, foi retirado da Praça dos Três Poderes na manhã desta quinta-feira (14), cerca de 13 horas após a explosão de bombas que ele causou no local na noite de quarta-feira (13).
Na manhã de hoje, equipes da Polícia Militar continuaram realizando varreduras na praça e no estacionamento de um dos anexos da Câmara dos Deputados, onde o veículo de Wanderley estava estacionado. Todos os acessos à região permanecem fechados.
Wanderley morreu após detonar artefatos explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em pleno centro de Brasília. Minutos antes, ele havia acionado bombas em seu carro nas imediações da Câmara dos Deputados.
A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para apurar os detalhes do ocorrido, enquanto a Polícia Militar classificou o episódio como um “autoextermínio com explosivo” nas proximidades do STF.
Em entrevista, o major Raphael Brooke, porta-voz da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), informou que o esquadrão antibomba ainda realizava varreduras no estacionamento da Câmara, onde o homem estava estacionado.
Segundo a polícia e testemunhas, Wanderley estava alugando um trailer no local. O major explicou que a prioridade foi a Praça dos Três Poderes, onde o corpo estava.
A área precisou ser liberada para que a perícia pudesse atuar com segurança, sem o risco de artefatos ainda presentes.
Em depoimento à Polícia Civil, o vigilante do STF, Nataniel Camelo, relatou ter visto o momento em que Wanderley colocou e acionou as bombas. Ele descreveu que o homem chegou à praça com uma mochila, colocou o objeto no chão, retirou um extintor e uma blusa da mochila, arremessando a blusa contra a estátua da Justiça.
Quando a segurança do STF se aproximou, Wanderley revelou os artefatos e ameaçou os seguranças, pedindo que não se aproximassem.
O vigilante também afirmou ter visto um objeto semelhante a um relógio digital, acreditando tratar-se de uma bomba.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, as explosões ocorreram quase simultaneamente, na Câmara e no STF.
O depoimento do segurança ainda descreve que Wanderley se deitou no chão, acendeu o último artefato e, com um travesseiro sobre a cabeça, aguardou a explosão.