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Daiane Dias, de 41 anos, segue internada em estado gravíssimo na ala de queimados do Hospital e Maternidade Tereza Ramos, em Lages, Santa Catarina, após sofrer queimaduras de 1º, 2º e 3º graus em 100% do corpo. O incidente ocorreu no último domingo (17) e as autoridades trabalham com a hipótese de que ela tenha tentado suicídio, depois de incendiar a casa do ex-companheiro, Tiü França, que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O filho de Daiane, Guilherme Antonio, também adotivo de Tiü França, revelou ao portal Metrópoles que a mãe está sedada e respirando com auxílio de aparelhos. “Ela está muito mal. As chances de sobrevivência são praticamente zero. Estamos rezando. Os médicos dizem que cada minuto que ela passa viva é um milagre”, relatou.
A vizinha de Daiane, Maria Lúcia, testemunhou os momentos após o incêndio e afirmou que a mulher pedia socorro e clamava pelo nome de Tiü França, repetidamente dizendo que queria morrer junto a ele. “Ela estava muito queimada, com a pele caindo. Foram cenas fortes”, contou ao Metrópoles.
Altair, outro vizinho que ajudou no resgate, relatou que tentou socorrer Daiane com um cobertor, mas ela estava em chamas e muito ferida. “Eu consegui arrastar ela para fora e a coloquei em um canto da farmácia próxima, mas ela estava pegando fogo. Chamei os bombeiros, mas eles não vieram a tempo”, relatou.
A Polícia Civil de Santa Catarina instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias do incidente. De acordo com o delegado Juliano Bridi, o caso será analisado com rigor, embora a princípio não haja relação com o ato do homem em Brasília. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 6h e conseguiu controlar as chamas, isolando o local para perícia. O laudo detalhando as causas do incêndio deverá ser divulgado em até 30 dias, mas já se sabe que o fogo destruiu parcialmente uma residência de 50 metros quadrados.
O depoimento de Daiane à Polícia Federal, realizado na última quinta-feira (14), trouxe à tona detalhes sobre o plano de Tiü França. Ela afirmou que ele queria matar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e outros presentes no momento do atentado. A PF já realizou buscas na residência do homem em Santa Catarina e apreendeu documentos que podem ajudar nas investigações. “Ele queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado. Foi um ataque planejado”, relatou Daiane aos agentes da PF.