Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (9) a Operação Antigua, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa acusada de traficar cocaína do Paraguai e da Bolívia para o Brasil. O grupo utilizava carros de luxo com compartimentos ocultos e também fazia uso da rota fluvial pelo rio Amazonas para distribuir a droga em diversos estados.
Segundo o delegado Robson Petter Gonçalves, o grupo era liderado por um casal que está foragido na Alemanha. A Justiça Federal autorizou a inclusão dos nomes deles na lista de difusão vermelha da Interpol. A identidade dos dois não foi revelada.
A quadrilha mantinha centros logísticos em Cascavel (PR) e em Monte Alegre (PA), com infraestrutura para o armazenamento e fracionamento da droga. As investigações, iniciadas em julho de 2023, apontaram também a existência de uma rede de operadores financeiros responsáveis pela lavagem do dinheiro obtido com o tráfico.
Ao todo, foram expedidas 54 medidas cautelares, sendo 12 mandados de prisão preventiva, uma medida de monitoração eletrônica, 20 mandados de busca e apreensão e 21 de sequestro e bloqueio de bens, incluindo imóveis, veículos e contas bancárias. As ações aconteceram nas cidades de Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu e Boa Vista da Aparecida, no Paraná, além de Monte Alegre, no Pará.
Durante a operação, 10 pessoas foram presas e três continuam foragidas. Foram apreendidos 14 celulares, nove veículos — um deles com fundo falso —, documentos, uma espingarda, 37 munições e cerca de 500 gramas de cocaína.
A cocaína era transportada escondida em compartimentos secretos dos carros e, após cruzar a fronteira, era fracionada em Cascavel e encaminhada para São Paulo e Rio de Janeiro. Já pelo norte do país, a droga vinda da Bolívia seguia pelo rio Amazonas até fazendas em Monte Alegre, onde também era fracionada e distribuída.
Essas fazendas, segundo o delegado, também serviam para o esquema de lavagem de dinheiro da quadrilha. Ao todo, oito propriedades rurais foram alvo de bloqueios judiciais.
A operação contou com o apoio de cerca de 80 agentes da Polícia Federal, além do Comando de Aviação Operacional (CAOP) e do Grupo de Pronta Intervenção (GPI).
