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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta quarta-feira (18) a prisão preventiva do coronel da reserva do Exército Marcelo Costa Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi motivada pelo descumprimento de medidas cautelares impostas ao militar, que é réu no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado relacionada aos atos de 8 de janeiro de 2023.
Na mesma decisão, Moraes determinou a abertura de um novo inquérito contra Câmara e seu advogado, Eduardo Kuntz. A medida foi tomada após a revelação de uma conversa entre Kuntz e o tenente-coronel Mauro Cid, também investigado no caso, sobre os termos do acordo de colaboração premiada firmado por Cid com a Polícia Federal.
Segundo Moraes, o réu teria violado a proibição de uso de redes sociais, inclusive por meio de terceiros, e de manter contato com outros investigados. Para o ministro, as ações de Câmara demonstram “completo desprezo pelo Poder Judiciário” e justificam a prisão preventiva como forma de preservar a ordem pública e a integridade das investigações.
Em manifestação recente ao STF, o advogado Eduardo Kuntz confirmou que trocou mensagens com Mauro Cid no ano passado, por meio de uma conta no Instagram que estaria vinculada à esposa de Cid. Na conversa, segundo reportagem publicada pela revista Veja, Cid teria feito críticas ao modo como sua delação foi conduzida. O conteúdo das mensagens contradiz declarações prestadas por Cid ao STF em interrogatório realizado na semana passada.
Diante das informações, Kuntz argumentou que o “princípio da voluntariedade” foi comprometido e pediu a anulação do acordo de delação premiada de Mauro Cid. A mesma solicitação já havia sido feita no início da semana pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Marcelo Câmara é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como integrante do chamado “núcleo dois” da investigação sobre a tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Ele é um dos réus que respondem à ação penal no STF por suposta participação na o
