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As últimas palavras de Carlos Teixeira, o jovem de 13 anos que faleceu após ser agredido por colegas na Escola Estadual Júlio Pardo Couto em Praia Grande, litoral de São Paulo, revelam o medo que ele sentia da morte.
“Meu filho disse que tinha medo de morrer na hora que ele estava morrendo. Eu falei que o pai estava do lado dele e ia dar tudo certo, só que no final aconteceu uma tragédia”, relatou Julysses à TV Tribuna neste sábado (20).
Mesmo enfrentando fortes dores e dificuldades respiratórias no hospital, Carlos expressava gratidão aos médicos e a Deus. No entanto, minutos antes de seu falecimento, ele expressou repetidamente seu medo de partir. “Me sinto acabado e destruído”, desabafou Julysses.
Imagens impactantes mostram o adolescente sofrendo agressões dentro da escola e chorando de dor em casa. O caso remonta ao dia 19 de março, quando Carlos foi hostilizado por colegas e até sofreu um mata-leão, conforme relatado pelo pai.
Diante da violência e da tragédia, Julysses procurou a direção da escola em busca de solução, mas se deparou com o descaso. O diretor afirmou que os envolvidos eram crianças e resolveriam a situação entre si.
As autoridades educacionais emitiram notas repudiando a violência e declarando colaboração com as investigações. No entanto, a família de Carlos lamenta a falta de medidas preventivas e a resposta insatisfatória diante do ocorrido.