Em uma operação conjunta com a Polícia Militar, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu nesta terça-feira (7) 11 mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão contra integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que atuavam em uma rede de agiotagem na Grande São Paulo.
A ação, denominada “Operação Khalifa” – em alusão ao luxuoso edifício Burj Khalifa em Dubai, frequentado por alguns dos investigados – teve como foco cidades como São Paulo, Mogi das Cruzes, Arujá, Suzano, Poá, Santa Isabel e São José dos Campos.
As investigações revelaram que os suspeitos, além de serem membros do PCC, atuavam na concessão de empréstimos a terceiros com juros abusivos que chegavam a 300% ao mês. Quando as vítimas não conseguiam saldar suas dívidas, eram ameaçadas e extorquidas pelos criminosos.
A Operação Khalifa se soma a outras duas ações recentes do Gaeco contra o PCC na região metropolitana de São Paulo. Em abril, três vereadores e mais 10 pessoas foram presos em uma operação que desarticulou um grupo ligado à facção criminosa e suspeito de fraudar licitações.
No mesmo mês, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) deflagrou a “Operação Fim da Linha”, que resultou na prisão de quatro dirigentes de empresas de ônibus da capital paulista, também acusados de ligação com o PCC. Segundo os promotores, as empresas Transwolff e UPBus, que prestam serviços de transporte coletivo nas Zonas Sul e Leste da cidade, eram utilizadas para lavar dinheiro da organização criminosa.
