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Os motoristas de ônibus de São Paulo aprovaram um indicativo de greve para a próxima sexta-feira (7/6). A decisão foi tomada durante uma assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (3/6) em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, no centro da capital paulista. A paralisação está prevista para começar à meia-noite e deve durar 24 horas.
A categoria reivindica um reajuste salarial de 3,69% pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), mais um aumento real de 5%, além da reposição das perdas salariais durante a pandemia, estimadas em 2,46% pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Enquanto as empresas ofereceram um reajuste de 2,77% e uma compensação com base no Salariômetro de setembro.
A greve afetará as 38 garagens de ônibus distribuídas pela cidade, com início à meia-noite de sexta-feira e término às 23h59 do mesmo dia. O presidente do Sindimotoristas, Edvaldo Santiago da Silva, declarou que a categoria cumprirá qualquer ordem judicial que determine a circulação parcial da frota em horários de pico.
Nailton Francisco, representante do sindicato, afirmou em entrevista à TV Bandeirantes que, se as negociações avançarem até sexta-feira, a paralisação poderá ser cancelada. “Essa greve é para ver se sensibiliza, é uma greve que pode ser evitada. Aprovamos, mas possivelmente teremos nova assembleia, se algo avançar, aí com certeza vamos reavaliar. Mas se caso contrário, permanecer, não teremos alternativas além da greve”, enfatizou.
Em nota, a SPUrbanuss, que representa as empresas de ônibus, destacou que as negociações entre o sindicato patronal e o sindicato dos operadores ainda estão em andamento. “Assim, é totalmente inoportuna qualquer decisão sobre paralisação da operação do transporte de passageiros, um serviço essencial e estratégico, que pode causar sérios prejuízos à mobilidade dos paulistanos”, afirmou o comunicado.