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O sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo anunciou na noite desta terça-feira (2) a suspensão da greve marcada para quarta-feira (3). A decisão foi tomada depois que as empresas aceitaram as propostas apresentadas em uma reunião mediada pelo presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (União), e pela SPUrbanuss, o sindicato patronal.
Entre as principais conquistas mencionadas por Edivaldo Santiago, representante do sindicato, estão a redução da jornada de trabalho para seis horas, com acréscimo de 30 minutos de intervalo, além do aumento do ticket alimentação para R$ 36 e um reajuste salarial anual de 3,6%, conforme o salariômetro.
“Com a participação crucial do presidente da Câmara, Milton Leite, avançamos não apenas para beneficiar nossa categoria, mas também para evitar sérios transtornos à população que depende do transporte público”, destacou Santiago ao anunciar o cancelamento da paralisação.
Santiago também comentou sobre a mobilização para desmobilizar os trabalhadores preparados para a greve prevista: “Nossa militância e nossos diretores estão nas garagens. Estamos organizando a liberação dos ônibus reservados para buscar os trabalhadores. Em breve, estaremos nas garagens para conversar com os colegas”.
Após o encontro, Milton Leite ressaltou o avanço significativo na construção de um novo acordo: “A pedido das duas partes, patronal e sindicato, caminhamos para a construção de um acordo imediato que permitirá a suspensão e praticamente o encerramento da greve”.
A decisão de suspender a greve atende parcialmente a um pedido da Prefeitura de São Paulo e da SPTrans, que solicitaram a garantia de operação de 100% da frota nos horários de pico e 80% nos demais horários do dia.
Segundo dados do Sindmotoristas, o sindicato representa aproximadamente 60 mil trabalhadores. Já a SPTrans estima que o sistema de transporte público municipal atenda cerca de 7 milhões de passageiros diariamente, com uma frota de aproximadamente 13,3 mil ônibus na cidade de São Paulo.
