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O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), declarou neste sábado (5) que seu concorrente, Pablo Marçal (PRTB), se revela “um mentiroso contumaz”. A acusação surgiu após Marçal publicar em seu perfil no Instagram um suposto laudo médico afirmando que o candidato Guilherme Boulos (PSOL) teria sofrido um “surto psicótico” e testado positivo para cocaína. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo já ordenou a exclusão do post.
“Tudo indica que ele [Marçal] tenha colocado um documento falso. Mesmo que não fosse, isso já configura um ato criminoso, violando a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e os crimes eleitorais”, afirmou Nunes em entrevista. Ele lamentou que Marçal tenha adotado essa postura durante a campanha, considerando isso uma ofensa à democracia e à boa fé do eleitorado.
Questionado sobre a possibilidade de Marçal fazer algo semelhante com ele, Nunes respondeu que isso poderia acontecer, mas que tomaria “as medidas cabíveis”. Ele também fez críticas ao caráter de Marçal, descrevendo-o como alguém sem empatia.
A Polícia Federal investiga a publicação de Marçal por indícios de falsificação. Em uma decisão do TRE, a conta no Instagram do candidato foi suspensa por 48 horas, a ser cumprida em até duas horas pela plataforma. Essa medida seguiu uma “notícia-crime” apresentada por Boulos, que alegou ter sido alvo de acusações falsas.
O TRE informou que a decisão foi motivada por um vídeo postado por Marçal, que insinuava que Boulos era usuário de drogas e havia sido internado devido a um surto psicótico. A Justiça Eleitoral reconheceu que o laudo apresentado por Marçal é considerado falso.
