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Dados obtidos pela TV Globo nesta quarta-feira (16) revelam que a Enel Distribuição SP, concessionária responsável pelo fornecimento de energia na Grande São Paulo, cumpriu menos de 1% das podas de árvores que se comprometeu a realizar em 2024 na capital paulista. O acordo foi firmado entre a empresa e a Prefeitura de São Paulo em junho de 2022, com o objetivo de podar árvores que estão em contato com a fiação elétrica.
O termo foi assinado pelo ex-presidente da Enel em SP, Max Xavier, que deixou a concessionária em maio de 2024, e pelo secretário de Subprefeituras da gestão Ricardo Nunes (MDB), Alexandre Modonezi.
De acordo com os dados da prefeitura, 240 mil pedidos de poda foram cadastrados no sistema mantido pela Enel e pela administração municipal. Contudo, até o momento, apenas 1.730 podas foram realizadas, representando apenas 0,7% do total de solicitações.
Em 2023, o cenário não foi muito diferente. Embora 248 mil podas tenham sido cadastradas, apenas 7.053 foram efetivamente realizadas, totalizando 2,8% dos pedidos.
Em entrevista ao telejornal, o diretor de operações da Enel SP, Darcio Dias, contestou os números apresentados pela reportagem, embora não tenha conseguido informar quantas podas foram executadas pela empresa. “A gente não entende de onde de fato vieram esses números. No ano de 2023, em toda a área de concessão, a Enel executou mais de 320 mil podas, grande parte na cidade de São Paulo e por solicitação dos cidadãos de SP”, declarou.
Dias também mencionou que, até o momento, em 2024, foram realizadas 438 mil podas, das quais 160 mil no município de São Paulo. Ele reconheceu que a empresa não cumpriu a totalidade das podas previstas para 2024 na capital. “Neste momento, realizamos 160 mil podas no município de São Paulo, nesse universo de 230 mil árvores. E a gente segue fazendo. Até dezembro, vamos nos aproximar muito de completar 100% do universo que foi solicitado como autorização”, afirmou.
É importante ressaltar que a Enel é responsável apenas pelas podas de árvores em contato com a fiação elétrica; as demais são de responsabilidade da Prefeitura de São Paulo.
A queda de árvores, que contribuiu para o apagão em São Paulo, foi um dos principais fatores apontados pela gestão Ricardo Nunes (MDB), que é candidato à reeleição. Desde a noite de sexta-feira (11), foram registradas 386 ocorrências de queda de árvores e galhos. Até segunda-feira (14), apenas 40% das remoções haviam sido concluídas, e Nunes responsabilizou a Enel pelos milhares de paulistanos que ficaram sem energia elétrica.
As áreas com o maior número de solicitações de poda ou remoção de árvores pendentes estão, em sua maioria, localizadas na periferia da cidade.