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A Justiça de São Paulo rejeitou um recurso do Ministério Público (MP-SP) e manteve a decisão que colocou em liberdade Cristian Cravinhos, condenado pela participação no assassinato do casal Richthofen. Cravinhos havia sido solto em 5 de março, após a Justiça autorizar que ele cumprisse o restante de sua pena em regime aberto, sob uma série de condições.
O MP-SP havia ingressado com um agravo de execução no dia seguinte à decisão que permitiu a progressão de regime de Cravinhos pela segunda vez. No documento, o promotor Rafaelle de Filippo Filho argumentou que Cravinhos “cumpre pena por crimes graves e violentos” e que já havia se beneficiado da progressão anteriormente, voltando a cometer um novo delito de corrupção ativa.
O promotor também ressaltou o longo período de pena restante a ser cumprido por Cravinhos, com previsão de término apenas em 2041. Outro ponto levantado pelo MP-SP foi o resultado do Teste de Rorschach realizado por Cravinhos no final do ano passado, que apontou “grande dificuldade de adaptação social”. A promotoria argumentou que não seria adequado tratar Cravinhos como um criminoso ocasional, dada a sua periculosidade evidenciada.
No entanto, a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Unidade Regional de Departamento Estadual de Execução Criminal (Deecrim), analisou o recurso e decidiu, em 8 de abril, não acatar o pedido do Ministério Público, mantendo Cristian Cravinhos em regime aberto e em liberdade condicional, cumprindo as medidas cautelares estabelecidas anteriormente.
O MP-SP confirmou que “o recurso será submetido ao Tribunal de Justiça para julgamento” e informou que “por ora, não há prazo para que saia alguma decisão em segunda instância”.
Cristian Cravinhos foi condenado por participação no assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, juntamente com seu irmão Daniel Cravinhos, que era namorado da filha do casal, Suzane von Richthofen, também condenada pelo crime. Ele cumpria pena em regime semiaberto na Penitenciária 2 de Tremembé. Cravinhos chegou a progredir para o regime aberto em 2017, mas perdeu o benefício após ser detido por tentar subornar policiais em outra ocasião.
