Uma munição “bean bag”, usada desde 2021 pela Polícia Militar (PM), atingiu a cabeça do são-paulino Rafael dos Santos Tercilio Garcia e o matou no domingo (24), na Zona Sul da capital de São Paulo (SP).
A informações foi dada ao site g1 e para a TV Globo pela delegada Ivalda Oliveira Aleixo, diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil.
A morte de Garcia aconteceu durante confronto entre torcedores do São Paulo e a Polícia Militar (PM).
De acordo com a delegada, falta só saber quem atirou no torcedor do lado de fora do Estádio do Morumbi após o time conquistar o título da Copa do Brasil sobre o Flamengo.
Laudos da Polícia Técnico-Científica poderão ajudar a investigação a esclarecer se algum policial militar disparou o artefato na nuca de Garcia.
“Foi muito próximo dele. Porque o impacto foi muito forte. Acertou diretamente nele e à distância curta. Normalmente esse tipo de munição é disparado a uma distância maior justamente para não causar nenhuma lesão”, disse Ivalda à CBN.
“Já sabe o que o atingiu: Foi uma ‘bean bag’. Mas nós não sabemos de onde partiu” e isso como foi que atingiu o torcedor são-paulino”, afirmou a delegada.
Na prática, as “Beans bags” são pequenas esferas de chumbo envoltas por plástico que ficam dentro de sacos de tecido sintético.O objeto foi encontrado preso na nuca do torcedor.
O boné que Garcia usava ficou com um furo na parte de trás, provavelmente por causa do disparo.
A polícia investiga ainda se o tiro foi dado a curta distância. Pelo protocolo da PM, as “bean bags” têm de ser disparadas a pelo menos 6 metros do alvo para não causar maiores danos a quem for atingido.
Rafael dos Santos Tercilio Garcia tinha 32 anos, possuía deficiência auditiva e foi encontrado morto após a confusão.
