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O vereador Dr. Jairinho, preso pela morte do menino Henry Borel, de 4 anos, foi novamente indiciado pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) por tortura majorada num inquérito que apurava agressões sofridas pelo filho de uma ex-amante dele.
Na época das agressões, em 2016, o menino tinha 3 anos. A mãe dele também foi indiciada por omissão e falsidade ideológica, crime pelo qual Jairinho também responde — os dois teriam inventado um acidente durante socorro à vítima num hospital.
A investigação durou cerca de dois meses. Para comprovar a tortura, a polícia contou com provas técnicas, documentos, depoimentos de testemunhas e também especiais, da vítima e de sua irmã.
Os dois, de acordo com os investigadores, ativaram algumas memórias. O menino reviveu episódios como sufocamento com saco na cabeça e pisões no abdômen. Ele recordou ainda de quando, com medo, vomitou no carro e, na tentativa de escapar, acabou quebrando o fêmur. A criança ficou imobilizada com gesso por cerca de dois meses.
Nos documentos enviados pelo Hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, após polícia requisitá-los, há relatos de uma psicóloga dizendo que o menino interagia bem, mas chorava um pouco. Ele dizia querer ir para casa e que não queria ter entrado no carro no qual se acidentou.